sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O tempo não pára !

O tempo não para!Nasce o sol, vai a escuridão. Vem o gosto de um novo sonho ainda visível mesmo acordado. O sonho é colorido, é alegre, e este é o motivo do sorriso que formoseia o rosto e faz os olhos brilharem tanto como o sol. Mas o sol esquenta, derrete os sonhos, faz aparecer a mentira, faz a vida aparecer triste e até mesmo sofrível. O tempo não para. Vem o meio dia, o meio do nada, o deserto sem fim, e o meio é tão longe do começo quanto do fim e não vejo nenhum lado.Ao meio dia tudo é mais claro, e aquilo que não queríamos ver está lá estampado, não dá pra disfarçar nem esconder, é aceitar e continuar ou continuar sem aceitar, não tem volta, e o tempo....este não para.O dia avança, quase três horas, o cansaço de um dia trabalhoso começa a fazer efeito, começa a me alcançar, não consigo ir mais rápido, e o fim do dia parece tão distante. Se antes eu sonhava com o amanhecer, agora não vejo a hora que chegue o entardecer, onde tudo termina, onde poderei descansar.Cheguei as três da tarde, parece que o tempo parou. Então posso ver claramente...a amizade que eu jurava ter, se perdeu numa aventura desenfreada e barata, na busca de um lugar, o meu lugar. Fui vendido por nada, trocado por algo incerto e sem duração, posto de lado como roupa velha. Procurei um motivo em seus olhos mesmo quando eles fugiram de mim. Só encontrei uma certeza, de que o amor que dei não foi o suficiente. O tempo parou e posso ver o desprezo na face de quem tanto amei, e a quem levantei com palavras de vida e cura, nenhuma lembrança de mim.Desesperado busquei apoio, mas quando olho em volta, vejo que estou só. Só conto comigo mesmo, e a minha força é quem me sustenta. No pouco que me resta, ainda encontro forças para agradar, para que não fique só. Fiz o que precisava, dei o que nasci para dar, e agora me falta o ar que você respira, não consigo acha-lo, e isso me sufoca. Como eu queria que o tempo passasse, mas ainda são 3 da tarde. O que me mata não são os ferimentos do corpo, mas os da alma. Me sinto humilhado, enganado, passado para traz mas resisto bravamente, não choro, mas me desespero, não quero que o sol se ponha antes que chegue a tarde. Quero ajuda, chamo por ela, e eu que ofereci água agora tenho sede. Sede de viver, sede de justiça, sede de ti....mas o que me vem a boca é um gosto amargo, o fel. Fel que veio das suas palavras quando fugiu de mim, e me deixou só. Ainda assim, o gosto do fel, me é oferecido por quem zomba de mim.
Não vou mais lutar, vou me esvaziar, vou me entregar...ESTA CONSUMADO!Para uns desisti, para outros foi pra isso que nasci !

Bxxp Sérgio Figueiredo

Nenhum comentário:

Postar um comentário